Foto: Reprodução
Na manhã desta segunda-feira (22), um guarda civil municipal de São José dos Campos utilizou spray de pimenta contra moradores que protestavam contra a retirada de um parquinho infantil e de uma academia ao ar livre no bairro Vila Unidos.
O equipamento público foi removido para a construção de 28 apartamentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), destinados a famílias inscritas no Programa Habitacional. A prefeitura afirma que os aparelhos serão reinstalados em um terreno próximo, considerado “mais adequado” para as atividades.
Moradores, no entanto, afirmaram que não foram avisados sobre a retirada e realizaram um protesto pacífico no local. Nas imagens registradas, o guarda aponta o spray para um homem e, em seguida, dispara o produto em direção ao grupo.
“Fizemos um ato pacífico, fomos surpreendidos com jatos de spray de pimenta. Um total de zero necessidade, não houve agressão física, não houve agressão verbal. Eles falaram ‘é o último aviso que vou dar para vocês dispersarem’. Mas como se dispersa de um protesto pacífico?” questionou a pedagoga Nathany Carvalho.
A Prefeitura de São José dos Campos informou que a retirada do parquinho e da academia é necessária, porque no local será construído um empreendimento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), que prevê 28 apartamentos para famílias inscritas no Programa Habitacional. Segundo a administração municipal, os aparelhos públicos serão reinstalados em um terreno na mesma rua, considerado mais plano e adequado, recebendo as melhorias necessárias para utilização segura da população.
A Prefeitura afirmou que a GCM “acompanhou a ação e, diante da necessidade, realizou a dispersão de manifestantes com spray, recurso de arma não letal”. E
Para o coronel da reserva da PM e especialista em segurança pública, José Vicente da Silva Filho, as imagens mostram abuso. “O uso de spray sem necessidade é abuso da força. Isso pode configurar até crime, e o guarda municipal pode vir a ser processado e condenado. Não foi um mero desvio funcional”, avaliou.
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